sexta-feira, 31 de maio de 2019

BOLSONARO, QUEIROZ E O DOMÍNIO DO FATO


Por Fernando Brito

Não há, até agora, nenhum ato do sr. Jair Bolsonaro que permita ligá-lo, do ponto de vista criminal, às estrepolias de seu confessadamente amigo Fabrício Queiroz ou às de seu filho, Flávio.

Não há, a não ser que se utilize o estranho “Direito” que passou a imperar aqui e, embora com vergonha de utilizar o nome de “Teoria do Domínio do Fato”.

Neste caso, o fato de Jair Bolsonaro ter nomeado a filha de Queiroz em seu gabinete, recebendo sem trabalhar e repassando dinheiro ao esquema, além das contratações partilhadas – ora com ele, ora com Flávio –  de parentes de sua ex-mulher Ana Cristina Valle são tão suficientes para provar que ele conhecia e patrocinava o esquema quanto o fato de Lula ter nomeado diretores que desviavam dinheiro na Petrobras.

Sérgio Moro reconheceu que não havia ato de Lula a justificar o suposto favorecimento no caso do Guarujá, mas que o ex-presidente ter nomeado e mantido aqueles sujeitos era motivo para condená-lo.

Ok, ok…Aos fatos, sem partidarismos.


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