Por Fernando Brito
No dia 4 de março de 2015 o deputado Jair Bolsonaro votou
“sim” à Proposta de de Emenda Constitucional 457, a “PEC da Bengala”, que
passava de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória dos ministros
dos tribunais superiores. O objetivo, mais que confessado, era não permitir que
Dilma Rousseff indicasse novos ministros
no Supremo, já que Celso de Mello e Marco Aurélio completariam a idade limite,
o que farão agora, no governo Bolsonaro, que indicará seus substitutos.
Agora, um grupo de deputados do partido de Jair Bolsonaro
está colhendo assinaturas para uma nova PEC, desfazendo a mesma PEC da Bengala,
para que o ex-capitão , além daquelas duas indicações, possa escolher os
substitutos de Ricardo Lewandowski ( 70 anos em maio passado) e Rosa Weber (70
em outubro de 2018).
Assim, desavergonhadamente, para que Bolsonaro possa, de uma
só vez, mudar mais de um terço da corte constitucional.
Como o amigo de sempre Luiz Fux, o dócil Dias Toffoli e os
“convertidos” Edson Fachin e Luiz Roberto Barroso, são sete: maioria mais que
suficiente para fazer a Constituição virar picadinho, ainda mais.
Ou melhor, suco. De laranja.
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