Por Fernando Brito
Vai se fixando a impressão que, em relação às Forças
Armadas, estabeleceu-se um processo de partidarização que se assemelha em muito
ao que transformou o Poder Judiciário num lixo, indigno do respeito da maioria
da população.
Lá, um aventureiro – Sérgio Moro – acompanhado de uma trupe
de fundamentalistas obtusos do Ministério Público – alguém se lembra do “Hegel”
do início “tripatético” do processo que condenou Lula? – foi se impondo sobre
os tribunais superiores e levou a submissão total da Justiça a um punitivismo
inédito no Brasil e à substituição da prudência pela histeria na quase totalidade
dos juízes.
No meio militar, a composição dos ministérios e cargos-chave
da Administração com enorme presença de
generais sendo – ainda pior – muitos deles recém saídos de posições de comando
ativas, mais do que transformar o governo em apêndice da instituição militar,
está transformando as Forças Armadas em apêndice de Jair Bolsonaro e sua
aventura insana.
Pode-se argumentar que Jair Bolsonaro não tem projetos e os
militares os têm.
Talvez estejamos pensando nas Forças Armadas de algumas décadas
atrás, porque é difícil ver algum projeto em um grupo que se inaugura
demonstrando uma única causa: a de não serem atingidos pela reforma
previdenciária.
Jair Bolsonaro é um energúmeno intelectualmente, mas não é
bobo.
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