Este mês de junho lembra o passamento do educador Áureo de
Oliveira Filho, ocorrido em 1976, há 42 anos. A dedicação do mestre à causa
educacional, o Colégio Santanópolis por ele criado e os hábitos da juventude feirense nas décadas de 30 e 40,
estão no artigo publicado em 2002 no
livro de Gil Mário Menezes, por Matilde Matos, Crítica de Arte e que foi aluna
do Colégio Santanópolis. Vale a pena ver de novo (Adilson Simas).
O COLÉGIO SANTANÓPOLIS E OS HÁBITOS DA JUVENTUDE FEIRENSE
NAS DÉCADAS DE 30 E 40
A minha lembrança do Professor Áureo de Oliveira Filho é
afetiva. Ela traz de volta memórias que amealhei dos 10 aos 15 anos, quando
tudo era uma nova descoberta e a vida corria mansa. Como inúmeras pessoas que
viviam no interior, minha irmã Ernestina e eu fomos favorecidas pelo seu
Ginásio Santanópolis, onde tivemos o privilégio de estudar quando a ligação de
Feria com Salvador se fazia por uma estrada de barro sinuosa e esburacada, num
trajeto que consumia mais da metade do dia.
Vivíamos
na Senhor dos Passos, longe do convívio da família, mas andávamos todas as
manhãs para o Ginásio com a animação de quem ia a uma festa. Centro de tudo que
desfrutávamos com o entusiasmo dos jovens – as aulas, os novos amigos, o
esporte, o grêmio, as paradas, as tertúlias e as festas – o Santanópolis era
para nós o melhor colégio do novo mundo que se revelava pela erudição dos
mestres Gastão Guimarães e Honorato Bonfim, a objetividade e Ilhaneza de Renato
Silva, o refinamento de Dival Pitombo, a doçura do Prof. Garcia, a
informalidade espontânea do Prof. Brito, o discurso fluente e exato do Dr.
Áureo e a eficiência e presença constante da Profª. Edelvira, sempre disposta a
resolver qualquer problema
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