Escrito por Pedro Breier
A história se repete.
Sempre que as ideias e ações de alguém são consideradas
perigosas para o status quo, este alguém é esmagado pelo sistema.
O método de aplicar um castigo pesado no incomodante e fazer
com que todos saibam da crueldade da pena, para dar o exemplo e desencorajar os
incautos a insistir na ousadia, é velho. Por isso mesmo as execuções eram
normalmente feitas em praça pública.
Como decepar cabeças em público já não pega tão bem hoje em
dia, os donos do poder fazem todo um teatro para dar um ar de legalidade e
justiça às execuções políticas.
Os desavisados que assistiram Lula ser julgado por 3
distintos senhores brancos vestidos de forma ridiculamente pomposa, misturando
juridiquês com provas robustas como depoimentos do porteiro e do vizinho,
provavelmente consideraram tudo muito certo, muito justo.
Mas o diabo está nos detalhes. Alguém lembrou nas redes
sociais que “No julgamento mais importante da história do país, uma senhora
negra serve café para três homens brancos, os quais julgarão um ex-retirante
nordestino. Se não entendermos o simbolismo disso, jamais entenderemos esse
país”.
Pois é.
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