sexta-feira, 29 de setembro de 2017

OS RECIBOS TÊM DE SER FALSOS, ORDENA A “CONVICÇÃO”

Por Fernando Brito

É preciso muito estômago para tentar levar a sério o que se passa na Justiça brasileira.

Eu, você e todo mundo ouve falar, há anos, que “a Lava Jato revelou o maior esquema de corrupção do Brasil”.

Vá lá, como a gente não sabe, muito menos com riqueza de detalhes, dos outros, que seja.

E o corolário desta grande investigação, ao que parece, são, além de um apartamento “do Lula” que não é do Lula, o aluguel de um apartamento ao lado daquele em que vive o ex-presidente, isso enquanto não chegamos ao sítio.

Agora, parece que temos uma cruzada nacional para mostrar que os recibos apresentados por Lula são falsos. Ou melhor, que têm de ser falsos, porque esta é a “convicção” inabalável.

Meu Deus, será possível que possa passar pela cabeça de alguém que a defesa de Lula ia ser primária ao ponto de se sentar em um computador e uma impressora na semana passada e “aprontar” duas dúzias e recibo.

O cidadão que diz que não recebia e que não tinha assinado coisa alguma, embora declarasse no Imposto de Renda (quantos senhorios fazem isso?) se assinou vários de uma vez, o que tem? Ah, mas tem um “31 de junho”, quando junho tem 30 dias…

Caminhamos para o ridículo sem par nesta história, apenas construindo arranjos para fazer o que se sabe, desde o início desta história, em 2015, é aquilo que importa: “pegar o Lula” e retirá-lo do processo eleitoral.

Nada além, simples assim.

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