Por Igor Fuser,
no site Outras Palavras:
O golpe de estado de 17 de abril de 2016 atropelou as
ilusões de quem acreditava nas virtudes infinitas da política de conciliação de
classes – a ideia de que seria possível superar o apartheid social e o
subdesenvolvimento no Brasil sem confronto com as elites dominantes, mas apenas
por meio do crescimento da economia. No pós-golpe, essas mesmas elites
demonstram plena convicção de que agiram corretamente, em defesa dos seus
interesses.
Tal como ocorreu em tragédias históricas anteriores, como o
golpe de 1964, o campo progressista discutirá ainda por muito tempo os fatores
e as circunstâncias da derrubada de Dilma Rousseff, a começar pelos motivos da
espantosa passividade das camadas mais pobres da população, as mais
beneficiadas pelos governos liderados pelo PT.
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