Jornal GGN - Em depoimento ao juiz
da Operação Lava Jato na Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, o empresário
Emílio Odebrecht e dono do grupo afirmou que a prática de caixa dois existe
desde a sua época, do seu pai e também de seu filho, Marcelo.
Afirmou que, desde o impeachment
de Dilma Rousseff, e os anos de 2014 e 2015 - período em que foi deflagrada a
Operação Lava Jato - mostrou que o modelo existia. Mas que ele sempre foi
"reinante no País", "sempre" existindo.
No depoimento, afirmou que sabia
que existia "o uso de recursos não contabilizados" pela Odebrecht,
mas negou que a prática era corrupção relacionada à Petrobras. Também afirmou
que não foi o filho, réu do processo em questão, o responsável pelos repasses de
caixa dois.
Ao ser questionado se "a
sistemática de pagamentos de recursos não contabilizados" foi criada por
Marcelo, Emílio disse que "não, em hipótese nenhuma".
Ainda, no depoimento a Moro,
Emílio afirmou que não sabia que o suposto apelido "Italiano" nas
planilhas apreendidas pela Polícia Federal se referia ao ex-ministro dos
governos Dilma e Lula, Antonio Palocci.
"Emílio Odebrecht foi muito
claro em dizer que jamais ouviu dizer que o Italiano fosse o Palocci e que só
conversou com Palocci sobre assuntos institucionais na medida em que o ministro
da Fazenda e o ministro-chefe da Casa Civil, que são as funções que o Palocci
exerceu, tem de fato que discutir com setores empresariais", disse o
advogado de Palocci, José Roberto Batochio.
O advogado ainda afirmou que o
executivo disse "que tinham várias pessoas que eram chamados de
Italiano", inclusive ele prórpio, por ter ascendência italiana.
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