Por
Fernando Brito
Michel
Temer não é apenas um desastre como presidente da República, não é apenas uma
tragédia para o país, não é apenas um político cercado da pior escumalha que a
política pode reunir.
Michel
Temer é um retrocesso civilizatório.
Seu
discurso hoje, no Dia Internacional da Mulher, dizendo que a mulher tem uma grande participação na
economia do país porque é “capaz de indicar os desajustes de preços em
supermercados” é patético.
Será
que este homem alguma vez empurrou carrinho no mercado? Será que só sabe
diferenciar lagarto de alcatra no menu do restaurante? Será que já viu uma batata com casca?
Reconhecer
que pesam, por nossos defeitos, sobre a mulher o peso dos “afazeres
domésticos” – e fiz isso hoje – é
completamente diferente de fazer o elogio deste trabalho desigual.
Mas
tenho de dizer que Temer é apenas um símbolo arcaico de um problema que é muito
maior.
É que
somos dirigidos, e não só a partir do Palácio do Planalto, por gente que está
distanciada da vida real, dura, complicada.
O
acanalhamento da política e a proeminência dos sistema judicial na direção do
país trouxe para o comando da vida nacional gente que não tem contato com a
vida real.
Gente
que não tem contato – e nunca teve –
contato com a vida real da maioria da população.
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