Por que a velha mídia nunca investigou as contas que Fernando Henrique tem fora do país? Simples: porque ela também está envolvida.
Tatiana Carlotti
Uma excelente oportunidade se abriu para os promotores de
Justiça de São Paulo. Tão empenhados em investigar os que “se consideram acima
e à margem da lei”, eles poderiam se debruçar sobre o contrato fictício de US$
100 mil, assinado pela jornalista Mirian Dutra com a Eurotrade Ltd, empresa do
Grupo Brasif com sede nas Ilhas Cayman, entre 2002 e 2006.
Em entrevista à Folha, Mirian contou que o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, com quem manteve um relacionamento de seis anos,
usou uma empresa para bancá-la no exterior. O contrato foi firmado em dezembro
de 2002, quando o tucano ainda era presidente. Segundo a jornalista, o acordo
complementaria sua renda, depois que a TV Globo cortou 40% do seu salário.
"Ele me contou que depositou US$ 100 mil na conta da
Brasif no exterior, para a empresa fazer o contrato e ir me pagando por mês,
como um contrato normal. O dinheiro não saiu dos cofres da Brasif e sim do
bolso do FHC", afirmou Mirian à Folha de S.Paulo, na última quarta-feira
(17.02.2016). Jairo Barcellos confirmou o acerto, mas disse não se lembrar do
contrato. FHC afirmou não ter memória do caso, dizendo que iria pesquisar para
responder.
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