O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
afirmou nesta segunda-feira, 31, que o ministro Camilo Santana pode superar
Fernando Haddad (PT), atual ministro da Fazenda, e conquistar o pódio de melhor
chefe do Ministério da Educação (MEC) dos três governos do petista. A fala
ocorreu em evento no Palácio do Planalto, em Brasília, durante cerimônia pela
sanção da lei que institui o programa Escola em Tempo
Integral. Ao lado de Santana, Lula falava sobre a educação como o
“Investimento mais importante para o povo” e a necessidade de tornar as escolas
atrativas para os alunos e professores quando fez acenos diretos o atual
ministro. “Quer dar os parabéns para Camilo. Já disse aqui que Haddad foi o
melhor ministro da Educação que tive. Pelo que estou vendo, Haddad pode se
preparar, ele pode perder o pódio se você conseguir fertilizar o país com uma
qualidade excepcional como o Ceará”, afirmou o presidente, citando o
Estado como referência para a educação do país. Camilo Santana foi governador
do Estado de 2015 a 2022.
“40% dos alunos do ITA estudam no Ceará,
quando criei as Olimpíadas de Matemática, em 2005, foi pela experiência do
Ceará”, disse Lula. A fala do presidente com referências à Camilo e à educação
ocorre em meios a pressões de partidos de centro por cargos na Esplanada dos
Ministérios e dias após o governo federal anunciar um bloqueio temporário no
Orçamento de 2023, no valor de R$ 1,5 bilhão. Entre as pastas mais afetadas, a
Educação aparece em segundo lugar, sendo impedido de usar R$ 332 milhões e
ficando atrás apenas da Saúde, com R$ 452 milhões. Em outra fala ao
ex-governador, o presidente da República também prometeu criar uma escola para
gênios no Brasil, voltada para acolher alunos que se destacam em olimpíadas, e
defendeu que temas como a questão ambiental sejam ensinados às crianças e
adolescentes para ajudar a “educar os pais em casa”.
“Obviamente, é importante saber
que Cabral descobriu o Brasil, mas ele já descobriu. Pronto. Tem muita coisa
que precisa discutir nas escolas porque a criança pode mudar a cabeça do pai”,
defendeu Lula. A cerimônia no Palácio do Planalto foi marcada pela
assinatura da lei que cria o programa Escola em Tempo Integral. O objetivo do
governo federal é ampliar, ainda neste ano, em 1 milhão o número de matrículas
de tempo integral nas escolas de educação básica. Para isso, serão investidos
R$ 4 bilhões para permitir que Estados, municípios e o Distrito Federal possam
expandir a oferta de jornada em suas redes. A meta é alcançar, até 2026, cerca
de 3,2 milhões de matrículas. Mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário