Se os atos antidemocráticos diminuíram nas estradas, nos
grupos bolsonaristas de Telegram eles encontram espaço e identificação de
milhares.
O pedido por intervenção militar virou comportamento comum há
uma semana, ancorado no que bolsonaristas entendem por apoios cifrados do
presidente Jair Bolsonaro (PL), das Forças Armadas e da mídia estrangeira.
Na quarta-feira (2), Bolsonaro publicou um vídeo em que dizia
que os protestos eram bem-vindos. Foi explícito ao afirmar, no entanto, que era
contrário a interdições nas rodovias. Uma das leituras entre radicais foi a de
que o presidente teria apoiado a intervenção militar.
Desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os
argumentos principais nos grupos de conversa extremistas dizem que o chefe do
Executivo não pode apoiar publicamente as manifestações, que teria um plano
junto com as Forças Armadas e que sua vontade é que a população permaneça na
rua.
O pronunciamento do chefe do Executivo diminuiu as
barricadas, mas deslocou as manifestações para as frentes dos quartéis. O
pelotão digital se comporta como se Bolsonaro precisasse da ajuda deles para
impedir que Lula tome posse. Mais.
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