Ao contrário do maior acesso ao
ensino superior que os brasileiros pretos e pardos experimentaram nas últimas
décadas, o desequilíbrio racial na longevidade aumentou no país de 2001 a 2021,
segundo o mais recente Ifer (Índice Folha de Equilíbrio Racial).
Elaborado pelos pesquisadores do
Insper Sergio Firpo, Michael França (ambos também colunistas da Folha) e
Alysson Portella, o indicador ajuda a medir a distância entre a desigualdade
racial e um cenário hipotético de equilíbrio, em que a presença de negros nos
extratos privilegiados reflete seu peso na população a partir dos 30 anos.
Além da sobrevida, ele capta o
equilíbrio para ensino superior e renda, variando entre -1 e 1 ponto. Quanto
mais próximo de -1, maior é a representação dos brancos em relação a de negros;
já valores muito próximos a 1 apontam um cenário em que a população negra
estaria em vantagem.
No Brasil, os dados de sobrevida
estão no patamar considerado de equilíbrio relativo entre negros e brancos,
isto é, o indicador variou na faixa de 0,2 a -0,2 ponto. Só que houve uma piora
de 2001 a 2021, período em que o índice passou de -0,052 para -0,130. MAIS.
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