A equipe de Jair Bolsonaro (PL) avalia que Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) foi emparedado no tema corrupção durante debate promovido pelo
UOL, em parceria com a Band, a Folha de S. Paulo e a TV Cultura. Para os
governistas, Lula ficou desestabilizado quando foi tocado no ombro no terceiro
bloco.
Já a campanha petista entende que apresentou mais pautas
propositivas e que Bolsonaro se prendeu nos temas batidos de Nicaraguá, dos
costumes conservadores e fake news —que só reverberam entre os bolsonaristas e,
portanto, não rendem mais votos.
O primeiro confronto direto entre Lula e Bolsonaro apresentou
um novo modelo de embate —os dois candidatos falaram sem intervenção de
jornalistas no primeiro e no terceiro blocos e se movimentaram no palco. Forma
sem conteúdo. Na avaliação petista, Lula teve os melhores momentos quando
conseguiu fazer questionamentos propositivos para Bolsonaro. Para os
integrantes da campanha, ao não responder diretamente, o presidente explicitou
um "vazio" em relação a feitos e projetos.
O plano de Lula era começar o debate com perguntas que
pudessem trazer uma comparação entre seus governos (2003-2010) e o atual. Logo
na primeira pergunta, o petista questionou sobre universidades federais —voltou
a falar do assunto outras duas. E não obteve resposta. Ao longo do debate,
repetiu o feito falando sobre presídios e desmatamento.
Para interlocutores, "ficou claro" que Bolsonaro
não tinha nada a oferecer e procurava voltar sempre aos mesmos assuntos,
considerados "velhos" pelos petistas, como a relação de Lula com o
governo da Nicarágua. Mais.
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