Atualmente, 79,3% das famílias brasileiras estão endividadas,
de acordo com dados da Confederação
Nacional do Comércio (CNC). A alta foi de 0,3% de agosto para
setembro. Em um ano, o avanço foi de 5,3%, o que representa um recorde
negativo, como explica a economista da CNC, Izis Ferreira: “A alta na proporção
de famílias com contas ou dívidas atrasadas está crescendo e acelerando. Isso
mostra que, mesmo com condições melhores de renda disponível, as famílias
encontram dificuldades para pagarem seus compromissos dentro do mês.
Principalmente porque o nível de endividamento está muito alto. As famílias
possuem hoje mais de um tipo de dívida dentro do seu orçamento e isso
naturalmente dificulta a gestão do orçamento, especialmente entre as famílias
de renda média e baixa no Brasil”. A situação é ainda mais complicada para
famílias de baixa renda, nos lares que se sustentam com menos de dez salários
mínimos o endividamento superou os 80%. De acordo com a CNC, é possível
observar uma melhora gradual no mercado de trabalho, mas a questão é de que o
salário não acompanha a inflação. A pesquisa listou a chamada “bola de neve”
financeira das famílias endividadas, com a lista das principais dívidas que
são: cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja,
crédito consignado, empréstimo pessoal e prestações de carro e de casa. A inadimplência
aumentou entorno de 30%, o que significa que as famílias deixaram de quitar os
boletos bancários. Isso se deve pelo aumento do custo do consumo familiar, com
juros mais altos. De acordo com o indicador de dívidas atrasadas, o ritmo foi
alto em 12 meses, com o crescimento de 4,5% de novas dívidas, a maior taxa
anual desde março de 2016. Mais.
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