domingo, 16 de outubro de 2022

A DUAS SEMANAS DA ELEIÇÃO, DEBATE POLÍTICO GIRA EM TORNO DE SATANISMO E CANIBALISMO E DEIXA PROPOSTAS EM SEGUNDO PLANO

 



Com a definição no dia 2 de outubro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) iriam se enfrentar no segundo turno das eleições presidenciais, o debate público passou a ser inundado de acusações, ilações e falas descontextualizadas de ambos os candidatos ao cargo de chefe do Executivo. Se na eleição anterior, parte dos eleitores de direita passaram a compartilhar notícias falsas para gerar medo nos eleitores e direcionar uma votação em massa a um lado, neste ano o embate encontra-se, surpreendentemente equilibrado. O entorno dos dois candidatos aproveitam-se dos sentimentos primitivos do eleitorado e compartilham imagens e vídeos de seu desafeto, em falas, visitas e posicionamentos antigos, para impactar o brasileiro que irá às urnas no dia 30 de outubro para eleger o próximo presidente. De pautas morais a maçonaria, de aproximação com o crime organizado a práticas canibais, tudo vale para aumentar a rejeição do adversário. Quem perde com isso é o eleitor, que espera ver um debate das ideias para votar em um projeto de país e não é impactado com discursos propositivos. O site da Jovem Pan realizou um levantamento com as principais acusações realizadas desde o início do segundo turno presidencial e conversou com especialistas para entender o cenário político atual e compreender de que maneira, a duas semanas da eleição mais importantes da história do Brasil, o debate público se afastou dos projetos e abraçou o enredo acusatório. Mais.

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