quarta-feira, 25 de maio de 2022

NO TEMPO DOS COMÍCIOS

Figura querida na cidade, Norberto Rodrigues tinha afeição por microfone e mais ainda de falar em público.

Discursava nas passeatas reivindicatórias, mesmo quando as manifestações  nada tinham a  ver com o dedicado evangélico que atuava no ramo imobiliário.

Candidato a vereador no pleito de 1976, Norberto não admitia ficar fora da lista de oradores, mesmo se acontecesse mais de um comício no dia.

No afunilamento da campanha depois de ter usado a palavra na concentração em Bonfim de Feira, à noite, na Rua Nova, Norberto em total desavença com a gramática disse ao organizador  da lista de oradores: “Adilson, é eu que falo agora!”.  

Diplomaticamente o advogado e professor Clovis Lima, também candidato corrigiu o português do correligionário: “Norberto, é eu não. Sou eu quem fala!”. Norberto pipocou:

- O que é isso, Clóvis?! Você vai falar de novo?!”  

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