sexta-feira, 27 de maio de 2022

NO TEMPO DE CHICO PINTO

1970

Amigo e admirador de Francisco Pinto, Antônio Lopes, o príncipe dos poetas feirense, ao lançar em 1970 seu novo livro “Vozes Perdidas” não esqueceu o amigo de muitos encontros no casarão do cacique Eduardo Motta. Vale a pena lembrar:

 

Ei-lo nos braços do seu povo altivo,

Que o ama e exulta de felicidade,

Porque, um sentimento redivivo,

Vem despertando mais humanidade.

Ele não traz esse ar imperativo,

Dos patronos senis da iniquidade,

Mas, um ideal febril, vibrante, vivo,

Inspirado no amor e na verdade.

Ele é a nossa esperança reflorida...

Trouxe mais vida à nossa pobre vida...

É o festivo clarão de novo sol!

E, ante no calor de sua voz ardente,

Proclama o povo delirantemente:

- Um pinto transformou-se em rouxinol!

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