Abril de 1958
“As campanhas políticas se aprestam,
E os senhores,
prováveis candidatos,
Nossos votos
riquíssimos requestam,
E, unem-se ao
povo, como carrapatos.
Já muitos
antegozamos mandatos,
E, a cada
frase, um colorido emprestam,
Com ares de
futuros literatos...
Esses tais
candidatos nunca prestam.
Outros, se,
dantes, eram solitários,
Imiscuem-se
nos bairros periféricos,
Trilham novos,
novíssimos caminhos,
E, aliciando,
e, conquistando um mundo,
Vão
prometendo, com olhar profundo,
Até alambique
para os pobrezinhos!
(“Deveras”, de
Antônio Lopes)
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