Por Fernando Brito
O que pode ter consumido mais de sete horas de depoimento de
Sergio Moro à Polícia Federal?
Apenas futricas ou um longo desfile de mensagens privadas,
áudios e texto, além de e-mails privados, dele e e terceiros, contendo ameaças
ou chantagens sobre o ministro?
Se é isso, como explicar que o paladino da moral, da ética e
da lei tenha passado tanto tempo encobrindo-o, apenas para preservar seu cargo,
vantagens e poderes?
Então é assim que se faz na “nova política”: registrar,
gravar, acumular, como fazem bandidos e chantagistas?
Jair Bolsonaro é um canalha e disso não é preciso mais
provas do que o fato de que ele esteja mandando milhões à morte e a proteção
mafiosa a sua família e seu núcleo de poder.
Ninguém, muito menos Moro, que tem acesso a todas as
informações deste processo de encobrimento, pode alegar que estava enganado.
Aceitou o cargo e fruiu do poder ministerial perfeitamente
ciente de tudo o que se passava e guardou as mensagens à espera de que pudesse
usá-las para “provar” sua suposta honradez.
Suposta, porque pessoas honradas não ficam onde se tornam
cúmplices do crime e da transgressão.
Quanto mais Moro mostrar os intestinos do podre poder do
qual participou, mais mostrará com que tipo de matéria em estava metido e
mergulhado.
Se Moro revelou tão longas podridões, confessa-se tão podre
quanto aquilo em que se meteu, por ambição.
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