Crônica ‘Promessa’
Do jornalista Egberto Costa
Jornal ‘Feira Hoje’, agosto de
1979
- Os velhos cajueiros estavam
mudos.
Não traziam mais a alegria que sempre nos
presenteavam generosamente.
Os seus galhos retorcidos eram
pontos de interrogação.
Perguntavam pela presença de
sempre.
As ervas com suas flores vermelhas, ao
balançar do vento, eram como os olhos buscando em redor e nada encontrando.
Até o velho pé de maracujá estava
com flores roxas, em sinal de luto.
(Egberto partiu para o ‘andar de
cima’ em 26 de maio de 2002)
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