terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

QUANDO A JUSTIÇA NÃO QUER DEIXAR DE SER CEGA


Por Fernando Brito

A decisão do juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, de liberar o Instituto Médico Legal fluminense, da conservação do corpo do miliciano Adriano da Nóbrega, morto no domingo, dia 9, numa cidade do interior da Bahia.

Kalil revoga a decisão de seu substituto, Guilherme Pollo Duarte, que mandou que IML conservasse eo corpo para permitir uma eventual perícia independente, para dizer que a competência é da justiça baiana. Esta, por sua vez, diz que não pode atener o pedido da viúva de Adriano para conservar o cadáver porque ela não comprovou a “união estável” com o de cujus.

É uma situação insólita. Não é a família, como seria compreensível, querendo cremar o corpo e dar fim ao sofrimento que gera um cadáver insepulto.

É o Estado querendo se livrar do que pode ser prova, por muitos indícios, no mínimo de um abuso de ação policial e, até, uma queima de arquivo de um rumoroso caso policial e, ainda mais grave, com possíveis desdobramentos políticos. MAIS

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