Por Fernando Brito
O “auê” em torno do fato de que a ex-deputada Manuela Dávila
deu o contato de Glenn Grenwald a alguém que se dizia possuidor de informações
relevantes é apenas a exploração política vazia de quem não pode responder ao
conteúdo das mensagens tornadas públicas pela “Vaza Jato”.
Qual é o crime de dar o número de um Telegram ou Whatsapp de
alguém?
Manuela não procurou o hacker, foi procurada por ele e
repassou o contato a um jornalista, qual o problema?
Se tivesse repassado o telefone deste modesto blogueiro –
que nem Telegram tem – eu teria entrado em contato do mesmo jeito e mergulhado
nos arquivos para confirmar sua veracidade, exatamente como o The Intercept
fez.
O que esperavam que um jornalista fizesse? Dissesse “ai, meu
Deus, é sobre o Sérgio Moro, não quero não, é heresia?”
Se há informação e é possível aferir se a informação
corresponde à realidade, é jornalismo.
O resto é antagonismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário