Por Fernando Brito
O Globo publica hoje, aberta em sua capa, a foto de Domingos
Peixoto, foto que se pode fazer às centenas em um único dia de passeio no
Centro e na Zona Sul cariocas.
“O flagelo se espalha“, diz o jornal.
Mas a razão é covarde como é covarde a Globo: são os
“projetos da Prefeitura que não saíram do papel” os responsáveis pelas cenas de
miséria human que se assiste aqui, mais cortantes ainda nestes dias de frio
impiedoso.
É óbvio que é dever da Prefeitura (e do Governo do Estado,
com a sua Fundação Leão XIII, de Assistência Social) prover um mínimo de abrigo
e cuidado a estas pessoas – sim, são pessoas, embora muitos nem mais os vejam
assim – mas qualquer um sabe que isso é quase que como “enxugar gelo”, se as
pessoas não têm trabalho.
A reportagem fala dos fracassos de programa de emprego do
Prefeito Marcelo Crivella, desafeto da Globo e um administrador bem ruim.
Mas nem se fosse o maior gênio do mundo daria jeito nas
situações dramáticas criadas pela crise que o regime instalado com a ajuda da
Globo no país, especialmente cruel com o Rio de Janeiro.
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