Por Fernando Brito
Espetacular a lucidez do artigo de Eleonora de Lucena, hoje,
na Folha de S. Paulo. Memória, história e realidades, para nos mostrar o que
temos pela frente, o que temos às nossas costas, a nos empurar para a
resistência e que esta resistência tem um nome: Lula.
Agosto
Eleonora de Lucena
Com cabos de vassoura, paralelepípedos e barras de ferro, o
grupo avançou pela rua e parou em frente a uma loja de carros importados.
Entraram quebrando tudo: vitrines, para-choques, estofados.
Uma centena de metros antes, tinham atacado uma cervejaria
estrangeira. A raiva explodira e deixava um rastro de destruição.
Inconformados, incrédulos, desesperados percorriam a cidade. Uns berravam;
outros choravam.
Era o que meu avô contava daquele agosto. Pelo rádio, a
“Carta Testamento” trouxe a denúncia sobre o complô promovido por grupos
internacionais e seus aliados internos. Expôs ataques à Petrobras, à Eletrobras
e às leis trabalhistas.
Isso em 1954.
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