Há 60 anos -
1958
O poeta Antônio
Lopes e as eleições
As campanhas
políticas se aprestam;
E os senhores, prováveis candidatos;
Nossos votos
riquíssimos requestam;
E, unem-se ao
povo, como carrapatos.
Já muitos
antegozamos mandatos;
E, a cada
frase, um colorido emprestam;
Com ares de futuros
literatos...
Esses tais
candidatos nunca prestam.
Outros, se,
dantes, eram solitários;
imiscuem-se
nos bairros periféricos;
Trilham novos,
novíssimos caminhos;
E, aliciando,
e, conquistando um mundo;
Vão
prometendo, com olhar profundo;
Até alambique
para os pobrezinhos!
(Jornal A
Gazeta, de sábado 12 de abril de 1958)
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