Por Fernando Brito
Sabe aquelas consultorias que que, por não terem papéis
suficientes para se comprovarem, foram taxadas de “propina” pelo Dr. Moro e
seus pares?
Bom, agora é o senhor Ministro Henrique Meirelles que – ai,
se a mídia fosse séria! – é quem confessa que recebeu de Joesley Batista e
família a bagatela de R$ 180 milhões para presidir um conselho – que, nas palavras da nota oficial do
Ministério da Fazenda, “nunca se reuniu”
Diz O Globo que “o
esclarecimento ocorreu após a revista “Piauí” apontar que o conselho não
funcionava efetivamente, apesar de Meirelles ter assinado atas de reuniões.
Segundo a Fazenda, o conselho foi criado quando havia a intenção de abrir o
capital da holding, como isso não aconteceu, “nenhum assunto operacional foi
levado ao Conselho de Administração”.
O dinheiro recebido por Meirelles teria sido pela formulação
de um “banco digital”, o Original, que opera a fortuna dos Batista,
essencialmente. O banco, segundo o site BancoData, deu, de 2014 até agora,
lucro líquido de menos de R$ 56 milhões.
Não dá, portanto, para cobrir um terço dos R$ 180 milhões
pagos a Meirelles, sobre os quais o Ministério da Fazenda diz que “a remuneração pelo trabalho
planejado, executado e entregue foi, sem dúvida, proporcional ao valor do
projeto inovador de criação do primeiro banco inteiramente digital do país”.
A cara-de-pau desta gente é, realmente, estonteante.
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