Por Fernando Brito
Na prática, a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal de
afastar Aécio Neves do exercício do mandato e de mandar que ele recolha-se a
seu apartamento à noite só tem um efeito
prático.
O senador mineiro está proibido de ir às baladas que tanto
curte e das quais, afinal, já anda afastado nos últimos meses.
O afastamento do mandato é outro pleonasmo.
Significa duas coisas.
Afastar-se da tribuna,
donde já não aparece faz tempo: uma vez só, desde o escândalo, e com
cara de cachorro que quebrou a panela.
Idem dos cochichos, dos corredores. Aí sim, não se afastou
nem se afastará, está livre para fazer a “obstrução da justiça” que desde antes
faz.
No Congresso, a sua consideração é tanta que nem mesmo a um
processo ético responderá.
Não se registrou uma palavra de protesto da República de
Curitiba, Templo de Salomão de nossa nova moralidade.
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