Por Tereza Cruvinel
São redundantes e ociosas as considerações morais sobre o
que fez Antonio Pallocci, o primeiro petista a delatar o ex-presidente Lula em
busca da salvação numa delação premiada. Há algum tempo circula no PT um
diagnóstico atribuído a José Dirceu: "Pallocci já virou cachorro".
Na
ditadura, cachorros eram os militantes que se tornavam colaboradores da
repressão, levando companheiros à prisão e à morte. Certo é que a Lava Jato,
Janot e Moro retomaram a ofensiva contra o PT e o ex-presidente, apesar das
lambanças envolvendo Temer, Geddel e outros partidos da coalizão governista, e
pode estar em curso uma ação coordenada para fechar o cerco com a prisão de
Lula.
E Pallocci, com seu depoimento, forneceu uma das peças mais importantes
para o roteiro que começou a ser montado esta semana. Um roteiro de filme de
ação vertiginosa, em que o telespectador perde o encadeamento das cenas e o
significado da narrativa.
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