Por Roberto Ponciano,
colunista do Cafézinho
Como filósofo, sempre dissenti
até do termo “ética na política”, não existe “ética na política”, pelo fato de
que a Ética, como ciência e prática só pode existir na política. A Ética é da
política, da polis e não na política. A ética é elemento da polis, do zoon
politikon, e só pode existir dentro da política. Quem diz “ética na política”,
comete o erro de praticar uma torsão, de fora para dentro e tentar impor regras
que quase nunca são éticas para a política. Em 100% dos casos comete o equívoco
de confundir moralismo, bom mocismo, quase sempre a partir de posições cristãs
não éticas, mas puramente do senso comum para a política. Daí, o tempo inteiro
as conclusões são limitadas como as pedras dos mandamentos de Moisés. “Não
roubarás”, “não matarás”. Não matarás, mas se for em legítima defesa? Toda a
discussão de uma ética imanentista e não espiritualista divina (provinda do
mundo material, concreto, materialista, social), provém da política de dentro
para dentro, a partir da práxis. A Ética nasce na Grécia, guerreria, finalista
e proporcional.
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