sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A LEI NÃO É PARA TODOS (OU O DIA EM QUE SERÁPIS FOI AO CINEMA)

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

O culto de Serápis foi introduzido no Egito pelo governante grego que se instalou no país após a morte de Alexandre, o Grande. Identificado com Osíris, deus egípcio que julgava os mortos na “Sala das Duas Verdades”, Serápis tinha entre seus atributos pureza, ascenção, artes e ressurreição.

Tanto Osíris quando Serápis estão relacionados à distribuição de justiça, pois esta só pode existir onde predomina a verdade processual, a pureza (isenção, ausência de preconceitos ou preferências)  e a elevação em relação às partes e seus advogados. Não por acaso em quase todos os Fóruns brasileiros o juiz se senta numa posição elevada em relação às partes. Isto simboliza tanto a independência dele em relação às partes como sua obrigação de julgar o processo sem se deixar influenciar por amizade ou ódio em relação a uma das partes.

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