Por Fernando Brito
Serve-me de mote, quase de plágio, o post da criadérrima
cobra Dácio Malta, referência para uma geração de jornalistas cariocas, onde ele
alinhava a folha corrida dos Temer Men que aparecem aí na foto.
Faltam dois: Henrique Meirelles e José Serra, que serão
assunto para o final.
Mas vamos à descrição de Dácio: curta e grossa.
Os homens de Temer da esquerda para direita.
Moreira Franco – A ultima eleição que concorreu foi para
prefeito de Niterói. Chegou a ir para o segundo turno, mas por motivos até hoje
nebulosos renunciou a candidatura. Depois disso não foi candidato nem ao menos
a deputado federal. Não tinha votos.
Henrique Alves – Sete vezes deputado federal concorreu ao
governo do Rio Grande do Norte, com o prestígio de ser presidente da Câmara.
Dono da afiliada da TV Globo teve, graças a coligação que formou, todo o tempo
do mundo na TV: mais de 90%. Perdeu a
eleição para um candidato do PSD.
Romero Jucá – Senador serviu a todos os governos. Foi
Sarney, foi Collor, foi Itamar, foi Fernando Henrique, foi Lula, foi Dilma e
será Temer. Em 2019 apoiará o governo a ser eleito. Seja ele qual for.
Eduardo Cunha – Esse todos conhecem.
Eliseu Padilha – Outro sem voto. Não se elegeu nem ao menos
deputado federal em seu Estado, o Rio Grande do Sul, onde é conhecido como
Eliseu Quadrilha.
Geddel Vieira Lima – Outro derrotado. É da Bahia e também
sem mandato.
Não tendo o que fazer, esses senhores são os animadores do
golpe.
Michel Temer, outro sem voto, é o instrumento para que o
Sindicato dos Ladrões chegue ao poder.
Se vencerem, terão pouco mais de dois anos para enriquecerem
ainda mais.
Por isso a pressa.
O que vai sair daí? Uma nova política? O império da
decência? Austeridade, moralidade, pureza?
Francamente, nem bebendo dá para acreditar por um instante.
É o ministério dos
inúteis, dos fracassados, dos que tem como resultado de sua carreira
política nada mais que sua própria carreira.
Não produziram nada de bom para alguém senão para eles
próprios.
Mas restam os dois indigitados: Meirelles e Serra.
A estratégia de Meirelles para obter alívio rápido da
inflação chama-se câmbio. Ele está convencido – e com alguma razão, que os
preços internos voltaram a ter o dólar como referência e vai trabalhar para a
baixa da cotação ou a sua estabilidade, no curto prazo.
Meirelles trabalhará pela estabilidade; já Serra trabalhará por uma “janela de oportunidade” que possa
atrair rapidamente capitais para o Brasil e isso implica em uma situação de
maior fraqueza do real com, portanto, efeitos inflacionários.
Serra não será um chanceler geopolítico, mas financeiro.
Estes sãos os homens que importam no governo Temer.
Os outros, inclusive o próprio presidente-usurpador, serão
meros figurantes.
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