O golpe é sempre a vitória da mediocridade e do sabujismo
patronal.
Talvez o mais escatológigo exemplo disso seja a proposta de
um deputado da gangue de Paulinho da Força, o senhor Laércio Oliveira
(Solidariedade/SE) que pretende
determina quer “não será considerado serviço efetivo o atendimento a condições
higiênicas”.
Ou seja, se o cidadão sentir aquela vontade incontrolável,
fique sabendo que isso será descontado de seu horário. E, portanto, que seja
rápido, que use aquelas simpatias de olhar pra luz forte, e outros truques para
abreviar os “momentos de indefinição” que eventualmente precedem estes
instantes.
Laércio quer descontar também o tempo usado para vestir o
uniforme e o trajeto entre bater o cartão de ponto e postar-se na linha de
produção. Além da água, do lanche e do cafezinho.
Mas não pense que Laércio faz isso sem motivos, não.
Ele é vice-presidente da Federação Nacional do Comércio
(CNC), dono do grupo econômico de empresas de serviços terceirizados e
responsável por retomar a discussão do Projeto de Lei 4.330/04 sobre a
terceirização no Brasil.
E isso já existe, no maldito e clandestino botãozinho que
faz operadores de telemarketing – categoria profissional mais aproximada da
escravatura, hoje – terem de apertar
quando tem de fazer xixi e se fizerem mais que a “cota” permitida, pagam.
Barbárie, infelizmente, aqui no Brasil não é figura de
retórica.
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