quarta-feira, 1 de novembro de 2023

FEIRA ONTEM

 


“FOLHA DO NORTE”   CENTENÁRIA

Por Adilson Simas*

                    Segundo os historiadores, no século XIX, mais precisamente em  1862, quando Feira ainda era Vila, surgiu o seu primeiro jornal , “O Feirense”, fundado por Américo Amorim Pedreira e pouco tempo depois foi a vez do  “O Nacional”, concebido por Cristóvão Barreto. Ainda naquele século nasceriam outras publicações que a exemplo dos dois pioneiros não tiveram longa duração.

                    O século XX, por sua vez, marcaria o advento de um numero maior  de revistas e jornais, principalmente a partir da sua segunda metade. Desse período, o grande destaque foi o jornal “Feira Hoje”, que nascido semanário em setembro de 1970, virou bi-semanário em setembro de 1972, tri-semanário em setembro de 1973 e finalmente diário em março de 1976. Desapareceria antes da virada do século, perto de completar três décadas, em mãos de grupos com vínculos  com a cidade.

                   O jornal “Folha do Norte” data do começo daquele século, fundado que foi em setembro  de 1909, e por isso agora completando um século de existência. Mais quatro anos  e a decana “Folha” se tornará um jornal  centenário. As comemorações começaram ontem na Câmara Municpal que realizou sessão especial sugerida pelo vereador Frei Cal e serão concluídas hoje com missa na Catedral de Santana pela manhã e depois palestra, lançamento da edição especial e coquetel no casarão da Fundação Senhor dos Passos.

                          Fundado por Tito Ruy Bacelar, coube aos irmãos Raul, Dálvaro e Arnold Silva a continuidade do projeto mais tarde também abraçado por seus herdeiros Oyama, José Luiz, Antonio e Hugo Silva, os dois primeiros já falecidos. Antes  do centenário e ainda no século XX também as presenças de Dálvaro Neto, Lícia Silva e outros, representando mais uma geração.

             A “Folha do Norte”, que ao longo desse tempo só deixou de circular em  alguns meses do distante ano de  1911,  por força  de um incêndio em suas oficinas, teve, por outro lado, um bom período funcionando como jornal  diário. Foi a partir de março de 1976  e este cronista se  orgulho de naquele período ter integrado a sua editoria, ao lado de José Luiz, Dílson Barbosa, Rossini  Souza, Nilson Carvalho, Zadir Porto mais tarde, sem falar no querido Oydema Ferreira, com sua crônica social

                    A Feira  de grandes redatores  como Sales  Barbosa e Cristóvão Barreto,  pôde

através da veneranda “Folha” , conhecer  textos de verdadeiros amantes da arte de escrever, como  Arnold Silva, Antonio Garcia, Gastão Guimarães, Osvaldo Requião, Aloísio Resende e tantos outros que já se foram . E viu também, nas páginas da “Folha” o surgimento de grandes profissionais ainda em atividades aqui e pelo país afora.

                    Neste século XXI, a Feira de Santana  se orgulha dos seus jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, sites, blogs, agências, assessorias congregando grandes profissionais, mas se orgulha principalmente da “Folha do Norte” há cem anos retratando o dia-a-dia feirense.

 

ADILSON SIMAS

Pela “Folha do Estado”

 

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