O presidente do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta,
afirmou, em entrevista ao jornalista Attuch, editor da TV 247, que a disputa
presidencial de 2022 será extremamente acirrada nesta reta final e apontou uma
certa divisão da burguesia. "O objetivo do grande capital era a terceira
via. Depois, passaram a ter uma atitude amigável com Lula. Quando apareceu o
resultado, ficou claro que Bolsonaro estava muito mais forte. Hoje, ele tem a
faca e o queijo na mão para fazer maioria no Congresso. Bolsonaro agora está
muito poderoso. Ele varreu o chamado centro. A preocupação do capital é com a
perda do controle do regime político. É como se fosse uma Venezuela com sinal
trocado", diz ele.
Rui disse ainda que Lula está sendo chantageado pelo
mercado. "Querem um Lula hipotecado. Mas a chantagem também reduz a
capacidade do Lula ganhar a eleição. Se Lula ceder à chantagem do mercado, ele
perde a eleição", afirma. "Lula tem que fazer, com maior intensidade,
o que fez em 2014, uma guinada à esquerda. Precisa mobilizar o povo. Precisa
tirar o Alckmin e colocar sindicalistas, o MST. Lula precisa apresentar
propostas concretas ao povo", apontou.
Na entrevista, o presidente do PCO disse ainda que
Lula deve se declarar a favor da liberdade religiosa, mas não deve embarcar na
política de gênero. "O impacto do apoio de FHC é muito reduzido num setor
de classe média. Os tucanos são os pais do bolsonarismo. Eles é que limpam a
sua imagem com o apoio a Lula", afirmou. Mais.
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