No cinturão do agronegócio brasileiro, que perpassa pelo
interior dos estados do Sul e de São Paulo e integra o Centro-Oeste e sua
fronteira com o Norte, o resultado das urnas neste 1º turno traduziu o
expressivo apoio que o setor oferece a Jair Bolsonaro.
"Da porteira para dentro", o PIB do setor
agropecuário cresceu 25,6% mais do que o restante do país, explica Marsílea
Gombata, repórter de macroeconomia do jornal Valor Econômico. Já o restante da
economia – que, segundo a jornalista, responderia por uma fatia de 60% do PIB
brasileiro – "o crescimento de 2019 a 2022 foi de 3,8%".
Apesar do enriquecimento do "Brasil Agro" durante o
governo Bolsonaro, "não há dúvidas com relação ao quanto o Agro se
beneficiou durante as gestões petistas", afirma Caio Pompeia, autor do
livro "Formação política do Agronegócio".
A resistência a um possível retorno de Lula, explica Pompeia,
pode ser explicada pela mobilização dos governos petistas em torno de temas
como a fiscalização das políticas ambientais, das relações trabalhistas nas
fazendas e disputa de recursos entre agentes grandes e médios do agronegócio e
integrantes da chamada "agricultura familiar". Mais,
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