Zé Ronaldo ganhou as seis últimas eleições municipais em Feira de Santana. Em quatro, ele próprio se elegeu prefeito, noutras duas elegeu Tarcízio Pimenta e Colbert Martins, o atual. Em compensação, nas últimas cinco para governador, só ganhou em 2018, quando ele próprio foi candidato.
Ganhou com ressalvas. Teve 51,25% dos votos contra 46,34 de Rui Costa, mas mesmo assim, perdeu feio a eleição federal, 60,28% de Fernando Haddad, do PT, contra 23,41 de Bolsonaro, a quem ele apoiou. E 2022, como será?
Segundo o pessoal da imprensa em Feira, juntando a tradição, o desgaste do prefeito Colbert Martins e mais ainda o fato dele estar fora da chapa, o cenário lá indica que a briga é para abater o prejuízo de ACM Neto.
De fora —Ronaldo esperneou na semana passada quando foi rifado da chapa de ACM Neto, ameaçou romper, mas ninguém botou fé. Iria para onde, se Jerônimo, do PT, tem lá o deputado federal Zé Neto, o seu adversário de sempre, e João Roma desponta como uma alternativa sem futuro?
Ronaldo sempre quis ser vice de Neto, mas ficou no mesmo partido, o UB. Se diz que Neto, quando se interessa, põe aliados em outros partidos, como Ana Paula, a vice de Bruno Reis (e agora candidata a vice de Ciro Gomes) no PDT em 2020 e agora, a própria Ana Coelho, a vice, no Republicanos.
Por essa linha, João Roma é o que ele botou no Republicanos e agora seria o vice se não tivesse se rebelado para ser ministro. E Ronaldo nem entrou nisso, mas está tudo em casa.


Nenhum comentário:
Postar um comentário