Recordo aquelas na Filarmônica
Vitória
Às 20 horas, mesas ocupadas, os casais com uma
rosa vermelha que Edson Baptista oferecia na entrada.
"Bebé Coleira" com seu
saxofone tocava o prefixo anunciando mais uma noite de muita música e
nostalgia.
Milton Brito, repertório rico,
violão afinado, fazia a saudação e em seguida era aplaudido interpretando
"Modinha" de Sérgio Bittencourt:
-"Olho a rosa na janela, sonho
um sonho pequenino: se eu pudesse ser menino, eu roubava essa rosa e ofertava
todo prosa, à primeira namorada e nesse pouco ou quase nada eu dizia o meu
amor, o meu amor..."
Na sequência o show dos
“Antonio’s” da Feira: Antônio (Tuita) Caribé, Antônio (Alfaiate) Batista e
Antônio (Donga) Carvalho seguidos por
tantos outros seresteiros. Dida, Missinho e Walter exibiam o melhor do Trio
Irakitan e Geraldo Borges com um
repertório que causava arrepios;
Quando o dia começava clarear
Titã (da Prefeitura) Soledade "adentrava" no salão. Face cansada
atestando mais uma longa maratona noturna, voz dolente, pegava o microfone e
fazia a plateia viajar no tempo ao lembrar "A camisola do dia"
de Erivelto Martins:
- Amor, eu me lembro ainda, era linda, muito linda; Um céu azul de organdi; a camisola do dia, tão transparente e macia, que eu dei de presente a ti; tinha rendas de Sevilha, a pequena maravilha, que o teu corpinho abrigava; e eu era o dono de tudo, do divino conteúdo, que a camisola ocultava...
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