domingo, 9 de agosto de 2020

NO TEMPO DOS COMÍCIOS


 No meio da plateia não faltavam as pessoas que compareciam apenas para fazer todo tipo de pedidos.

Existiam os sinceros,  mas também os que pediam por pedir e por isso até inventavam caso de morte na família, para se justificar.

Já entre os políticos, existiam os que não botavam a mão no bolso, por mais sincero que fosse o pedido. Entre estes o ex - combatente Mario Moraes  não nadava apenas para não abrir a mão.

Na campanha de 1976, comício no Largo do Cruzeirinho, na Queimadinha, o eleitor se aproxima de Mário Moraes:

- Doutor, minha mão morreu!...

Antes de completar a informação Mário Moraes se antecipa:

- Meus pêsames, amigo!...

O eleitor retoma a fala e pede uma ajuda para comprar o caixão e o candidato responde:

-Me procure daqui a um mês. Vou ver o que posso fazer!

O eleitor apela:

- Então, doutor, arranje aí um dinheiro para eu comprar de sal.

- Sal pra quê? Estranha.

A resposta de humor negro vem a seguir:

- Vou salgar a velha pra ver se o corpo aguenta até lá...

 

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