domingo, 12 de julho de 2020

DIREITA X DIREITA E A DIREITA QUE QUER O PT


Por Fernando Brito

Há movimentos ainda não plenamente percebidos ocorrendo sob a aparente divisão “nós contra eles” que é a aparência que o bolsonarismo acaba dando à política.

Do lado da situação, os embates entre a ala “pragmática” (militares, centrão e burocratas) do governo e a parte aguerrida das falanges bolsonaristas (que mais propriamente seriam chamadas de ‘odiológica’ que de ‘ideológica’) sempre estiveram em confronto por espaços junto ao “chefe”, contando estas últimas com a imensa influência dos filhos do capitão.

Sim, esta disputa é real, mas não é mortal, salvo pela perda de peças de um lado e de outro, na qual, até agora, esta ala perdeu menos – o histriônico Abraham Weintraub e o inexpressivo secretário de cultura de visual nazista – do que aquela, onde tombaram Gustavo Bebianno e Santos Cruz. Moro não é de nenhuma delas, é um projeto individual, ambicioso e que percebeu que não seria mais palatável permanecendo na trupe.

De outro lado, a direita não-bolsonárica bate cabeça sem rumo: como se escreveu tantas vezes aqui, a porta está fechada, porque o processo de imbecilização coletiva e de desqualificação da acabou por devorá-los de tal maneira que não têm mais sequer estruturas partidárias, seja no PSDB – que se resume a Doria -, seja no DEM – restrito a Rodrigo Maia e, talvez, a ACM Neto – ou nas legendas que sempre lhe foram auxiliares, como o PSD e o Republicanos, acoitados com o governo, e o Podemos, agarrado ao projeto morista. CONTINUE LENDO



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