Por Fernando Brito
Noticia-se que o
deputado Alexandre Frota vai colaborar para que o PSDB siga em sua caminhada
rumo à mixórdia política, formar com João Doria o ornato decadente de Fernando
Henrique, o príncipe.
Paciência, ele escolheu este caminho.
Mas comete-se uma injustiça com Frota.
Embora se saiba que muita coisa se passou nos bastidores
deste caso do deputado, a gota d’água foi a abstenção no segundo turno de
votação da Reforma da Previdência, contra a decisão do PSL de “fechar questão”
a favor do projeto.
Não votar é, evidentemente, menos grave que votar contra a
decisão partidária.
Não é o caso de perguntar onde estão os “moderninhos” da
política que não admitem punição à deputada Tábata Amaral por ter feito pior:
votado contra a orientação partidária e contra a decisão do diretório, da qual
ela participou e na qual não apresentou qualquer objeção ao fechamento de
questão?
Será que é porque ela é uma moça que se expressa de forma
politicamente correta, ainda que o conteúdo seja oco, e Alexandre Frota é um
bronco, um tosco?
O fato é que tem muita gente que, quando se trata da
esquerda, exige que ela se comporte com um liberalismo que beira o “cada um por
si” mas, quando é no campo da direita diz que o conflito, “é próprio da
política”.
É triste que a hipocrisia nacional obrigue a tratarmos de
caso de gente assim.
Para o conservadorismo brasileiro a coerência é tão
dispensável quanto o celular do Cunha: “não vem ao caso”
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