Por Fernando Brito
Quatro séculos nos separam dos tempos em que o inglês John
Donne escreveu os versos que se tornariam conhecidos por Heminguay : “Somos
parte de um continente; se um simples pedaço de terra é levado pelo mar, a
Europa inteira fica menor. A morte de cada ser humano me diminui, porque sou
parte da humanidade. Portanto, não me perguntem por quem os sinos dobram: eles
dobram por ti.”
Não vou discutir se houve ou não excesso policial na ação da
PM do Rio, ontem, na ponte Rio-Niterói, não tenho informações suficientes para
dizer se realmente o desequilibrado Willian Silva, de 20 anos, ia ou não atear
fogo nas garrafas de gasolina. Até o comandante do Batalhão de Operações
Especiais, Maurilio Nunes, demonstra ter esta compreensão, ao declarar que “uma
vida não tem preço” e que gostaria que tudo tivesse terminado sem mortes.
Mas não é assim com o energúmeno que está no Governo do Rio
de Janeiro.
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