Por Fernando Brito
Obtido pelo repórter Mahomed Saigg, da TV Globo, o
depoimento de Walter Delgatti Neto, o tal “hacker de Araraquara”, desmente a
afirmação, divulgada por Sergio Moro, de que uma enorme quantidade de
autoridades foi espionado.
Delgatti diz que “descobriu sozinho” como invadir
aplicativos de mensagens ligando para si mesmo e para seu médico e que, a
partir daí, chegou ao telefone do procurador que o o acusou por tráfico de drogas
e posse de arma de fogo, do qual copiou as mensagens em aplicativos.
A partir daí, diz o depoimento, alcançou um grupo de
promotores federais e dele, os aplicativos de mensagens de Deltan Dallagnol,
Orlando Martello, Diogo Castor e Januário Paludo, dos quais baixou os arquivos
dos diálogos.
Dos demais – que vão do deputado Kim Kataguiri a Rodrigo
Janot – na maioria, disse que apenas “chupou” a lista de contatos telefônicos.
Não há, pelo menos no depoimento, sinal de que outras contas
– muito menos mil delas – tenham sido bisbilhotadas.
Os mil números de telefone são de tentativas de invasão ou
apenas um cadastro de telefone?
O “hacker” diz que não entrou nas contas dos delegados, do
juiz e do desembargador do TRF-2, de Paulo Guedes e de Joice Hasselman. Não há
sequer menção a Rodrigo Maia, ao presidente do STJ, João Otávio de Noronha, ou
a Jair Bolsonaro.
De onde surgiu, então, o “listão” que não chegou a Sergio
Moro e que ele usou como base para ele “comunicar a alguns” que tinham sido
espionados.
Mass então, de onde veio o resto das “espionagens”?
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