sexta-feira, 26 de julho de 2019

“HACKER” DIZ QUE SÓ INVADIU CONVERSAS DE PROCURADORES


Por Fernando Brito

Obtido pelo repórter Mahomed Saigg, da TV Globo, o depoimento de Walter Delgatti Neto, o tal “hacker de Araraquara”, desmente a afirmação, divulgada por Sergio Moro, de que uma enorme quantidade de autoridades foi espionado.
Delgatti diz que “descobriu sozinho” como invadir aplicativos de mensagens ligando para si mesmo e para seu médico e que, a partir daí, chegou ao telefone do procurador que o o acusou por tráfico de drogas e posse de arma de fogo, do qual copiou as mensagens em aplicativos.
A partir daí, diz o depoimento, alcançou um grupo de promotores federais e dele, os aplicativos de mensagens de Deltan Dallagnol, Orlando Martello, Diogo Castor e Januário Paludo, dos quais baixou os arquivos dos diálogos.
Dos demais – que vão do deputado Kim Kataguiri a Rodrigo Janot – na maioria, disse que apenas “chupou” a lista de contatos telefônicos.
Não há, pelo menos no depoimento, sinal de que outras contas – muito menos mil delas – tenham sido bisbilhotadas.
Os mil números de telefone são de tentativas de invasão ou apenas um cadastro de telefone?
O “hacker” diz que não entrou nas contas dos delegados, do juiz e do desembargador do TRF-2, de Paulo Guedes e de Joice Hasselman. Não há sequer menção a Rodrigo Maia, ao presidente do STJ, João Otávio de Noronha, ou a Jair Bolsonaro.
De onde surgiu, então, o “listão” que não chegou a Sergio Moro e que ele usou como base para ele “comunicar a alguns” que tinham sido espionados.
Mass então, de onde veio o resto das “espionagens”?

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