Ano 1963
Fonte – “Tudo é Rádio”, jornal “Folha
do Norte”
O melhor locutor, pela impecável dicção e boa voz, o escolhido foi
José Silva, tido como o metralha da Rádio Sociedade.
O melhor animador ganhou
Iberlúcio Souza, também conhecido como “o homem das mil vozes na radiofonia
feirense, com o programa “Turbilhão de
Atrações”.
A melhor produção foi ganhador o programa “Se
a Cidade Contasse”, produzido e apresentado por José Silva e Lucílio Bastos.
O melhor programa sertanejo foi
“Paisagens do Nordeste”, apresentado por Nestor Peixoto, que se identificava
como “Coronel Zé Pimenta”.
O melhor sonoplasta foi Raimundo
Simões da Rádio Cultura. A coluna destaca a existência de grandes sonoplastas,
citando Filemon Carvalho, Luiz Soares, Ubaldo Miranda, Julinho Soares e outros.
O melhor rádio repórter. Venceu o
radialista Lucílio Bastos, na época trabalhando na Rádio Sociedade. De acordo
com a coluna “o rapaz dos óculos de lentes grossas ainda se impõe como o melhor
no Rádio Reportagem”.
O melhor cantor. O titulo ficou
com Raimundo Lopes, sempre apresentado aos ouvintes de casa e ao público do
auditório, como o “cantor galã”. Recordo que no anoitecer de todos os sábado, depois
da Ave Maria, a Rádio Cultura apresentava com grande audiência, o programa
“Duas Vozes e um Violão”, com Raimundo Lopes e Ivanito Rocha, este, também comentarista esportivo.
A melhor cantora. A escolhida foi
Dilma Ferreira, merecendo esse comentário da coluna: “A garotona realmente é a
rainha da voz no rádio feirense”. Dilma disputou o título com Ednalva Santana,
Antonieta Correia, Maria Luiza e outras.
A grande revelação, Itajaí Pedra Branca. Sobre a
escolha, disse a coluna: “Itajaí Pedra
Branca foi a revelação porque deixando a Cultura onde não conseguiu se
projetar, foi para a R/3 e se saiu muito bem em tudo: bom locutor comercial,
bom apresentador de jornais falados e excelente locutor esportivo. Siga pra
frente Papudinho”.
Dois fatos ocorridos em 1963, um
positivo, outro negativo, foram registrados na mesma coluna que escolheu os melhores
do rádio naquele ano:
O positivo - ficou com o
romancista Ciro Matos e o cineasta Olney São Paulo. Conforme a coluna, mesmo
enfrentando a incredulidade, a desconfiança e a falta de ajuda de muita gente
vip, os dois conseguiram emplacar o filme “Grito da Terra”.
O negativo ficou com a direção da
Rádio Sociedade. Segundo a coluna, na noite do dia 24 de dezembro, quando ainda
faltavam 20 minutos para o início da Missa do Galo, que seria transmitida ao
vivo, a emissora frustrou os ouvintes tirando do ar a novelização da vida de
Cristo que estava sendo apresentada.
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