Por Fernando Brito
Não se tratou apenas de Flávio Bolsonaro aprovar a
concessão, em agosto de 2009, da Medalha
Tiradentes da Assembléia Legislativa do Rio ao hoje foragido Major PM (na época, tenente) Adriano Magalhães da
Nóbrega, quando este estava preso.
Fernando Molica, na Veja, mostra hoje que a Medalha foi
entregue dentro da cadeia ao agora suspeito de comandar a milícia Escritório do
Crime, sob a qual pesam indícios de que tenha sido a executora da vereadora
Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, há quase um ano:
No dia 9 de setembro de 2005, o então tenente da Polícia
Militar Adriano Magalhães da Nóbrega, hoje foragido, foi protagonista de uma
cena inédita. Preso, acusado de homicídio, ele recebeu na cadeia a maior
condecoração do Poder Legislativo fluminense, a Medalha Tiradentes. A homenagem
foi uma iniciativa do deputado estadual Flavio Bolsonaro – procurado, o senador
eleito pelo PSL não negou ter feito a entrega da medalha em solenidade
realizada no Batalhão Especial Prisional da PM.
O registro foi obtido por Molica no site da Assembleia e
derruba qualquer ” eu não sabia” que o agora senador eleito possa invocar para tentar explicar que
desconhecia o lado criminoso do policial.
Já se ouviu sobre levarem de tudo nos presídios do Rio de
Janeiro.
Medalha, é a primeira vez.
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