terça-feira, 1 de janeiro de 2019

A BANANEIRA E A JACA


Por Fernando Brito

Ao garoto que, no final dos anos 60, procurava entender como as pessoas agem, minha velha avó ensinava, nas palavras simples de gente que aprendera muito com a vida: “meu filho, não espere que um bananeira lhe dê jacas. você vai falar, falar, falar e ela só dará bananas”.

Os colunistas de O Globo – e donos da sabedoria da classe média, a partir do púlpito da Globonews – se dedicam hoje a falar das jacas que virão da bananeira que vai governar o país.

Na manchete, o jornal dos Marinho diz que “Bolsonaro vai pregar união e austeridade em discurso”. Isso depois de disparos de twitter clamando contra o “marxismo nas escolas” e de um discurso, segundo o jornal, redigido com a ajuda dos filhos, pitbulls notórios da radicalização.

Merval, o bedel da pátria, diz com gravidade afetada que “cabe a ele, Jair Bolsonaro, desanuviar o ambiente político e encaminhar o país para novos rumos, como a vontade majoritária do eleitorado quis.  Mas procurando conciliar as partes”.

Bolsonaro, conciliador? “Jacas, jacas”, pede-se à bananeira…


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