Por Fernando Brito
Bastou o governo assumir que não
tentará fazer a reforma previdenciária inteira de um só vez – e já – para que o
“jornalismo de mercado” passasse a prever o fracasso econômico de Bolsonaro.
A principal porta-voz do “mercadismo”,
Miriam Leitão, já proclama em sua coluna de hoje em O Globo:
“Se achar que o país tem “quatro
anos para fazer a reforma”, como disse o futuro ministro da Casa Civil, o
governo certamente enfrentará uma disparada do dólar e o aumento da desconfiança
dos investidores. O mercado é apenas o termômetro. Empresários da economia real
só investem quando há um clima de confiança.”
Não duvido que, dentro do futuro
“superministério” da Fazenda muitas cabeças se afinem pelo diapasão terrorista
de Miriam Leitão.
Mas, na área política do
bolsonarismo – exceto nos grupos que desejam, desde o início, um governo de
confrontação com o parlamento – há a constatação da evidência de que o governo
está espremido entre várias situações negativas para fazer o mal todo de uma só
vez.
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