Por Fernando Brito
Um destes trolls que alugam o tempo e a paciência da gente
lotando a caixa de comentários para exercerem a sua frustração enchendo o saco
alheio diz que “quanto mais vocês “come
quieto” da lei Rouanet e outros benefícios concedidos pelos petralhas baterem
no mito, mais ele irá crescer até desbancar essa quadrilha”.
Claro que só dou-me ao trabalho de registrar porque ontem,
ao votar, três moças negras, de
aparência humilde, conversavam na fila sobre a “mesada” que os artistas da
Globo estariam recebendo da Globo pela lei, dada pelo governo do PT.
Com algum cuidado para não ser tomado como “assédio” um
“coroa” meter o bico na conversa das três jovens, expliquei o que era a lei,
que o dinheiro não era dado pelo Governo senão na forma de abatimento fiscal,
com projetos, espetáculos ou exibições, etc, etc…
Falei que a lei é de 1991, 12 anos antes da chegada do PT ao
governo e, em linhas gerais, como funciona.
Vi, na prática, o que pode a desinformação criminosa levada
a cabo pelos grupos de whatsapp e de Facebook pelo bolsonarismo.
É uma coisa de gangue e, pior, uma coisa de gente que usa o
pior dos métodos de propaganda: a mentira.
Normalmente não dou importância às bobagens que se espalham
por redes sociais, mas isso se tornou, talvez, a maior arma da campanha
bolsonarista.
Trabalhar a ignorância, o preconceito, os receios e o
sentimento de injustiça que habita o nosso povão para arranjar “culpados” pelo
seu empobrecimento que não os que, neste momento exato, se entopem de dinheiro
na Bolsa de Valores, felizes com a vitória parcial do candidato de direita.
Neste segundo turno, quando a candidatura da resistência
antifascista vai, com certeza, receber o apoio de boa parte dos artista e
produtores culturais brasileiros, é importante que cada um ajude a lavar essa mentira.
Espalhe a verdade para seus amigos e contatos, porque essa
história, que começou brandida pelos fascistinhas do MBL, ganhou corpo.
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