segunda-feira, 8 de outubro de 2018

OS PANFLETOS DA IGNORÂNCIA SOBRE A LEI ROUANET


Por Fernando Brito

Um destes trolls que alugam o tempo e a paciência da gente lotando a caixa de comentários para exercerem a sua frustração enchendo o saco alheio diz que  “quanto mais vocês “come quieto” da lei Rouanet e outros benefícios concedidos pelos petralhas baterem no mito, mais ele irá crescer até desbancar essa quadrilha”.

Claro que só dou-me ao trabalho de registrar porque ontem, ao votar,  três moças negras, de aparência humilde, conversavam na fila sobre a “mesada” que os artistas da Globo estariam recebendo da Globo pela lei, dada pelo governo do PT.

Com algum cuidado para não ser tomado como “assédio” um “coroa” meter o bico na conversa das três jovens, expliquei o que era a lei, que o dinheiro não era dado pelo Governo senão na forma de abatimento fiscal, com projetos, espetáculos ou exibições, etc, etc…

Falei que a lei é de 1991, 12 anos antes da chegada do PT ao governo e, em linhas gerais, como funciona.

Vi, na prática, o que pode a desinformação criminosa levada a cabo pelos grupos de whatsapp e de Facebook pelo bolsonarismo.

É uma coisa de gangue e, pior, uma coisa de gente que usa o pior dos métodos de propaganda: a mentira.

Normalmente não dou importância às bobagens que se espalham por redes sociais, mas isso se tornou, talvez, a maior arma da campanha bolsonarista.

Trabalhar a ignorância, o preconceito, os receios e o sentimento de injustiça que habita o nosso povão para arranjar “culpados” pelo seu empobrecimento que não os que, neste momento exato, se entopem de dinheiro na Bolsa de Valores, felizes com a vitória parcial do candidato de direita.

Neste segundo turno, quando a candidatura da resistência antifascista vai, com certeza, receber o apoio de boa parte dos artista e produtores culturais brasileiros, é importante que  cada um ajude a lavar essa mentira.

Espalhe a verdade para seus amigos e contatos, porque essa história, que começou brandida pelos fascistinhas do MBL, ganhou corpo.

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